Mais dinheiro disponível para crédito, menos juros e possibilidade de financiamentos com maior prazo movimentam o mercado da construção em quase todo o País, mas Santos tem sido considerada uma pérola nesse mar de concreto. Primeiramente, pela descoberta, este ano, de um megacampo de petróleo, que elevará em 40 a 60% as reservas brasileiras. Os investimentos e o emprego nas áreas operacionais e de logística estão espalhados por todo o litoral, do Rio a Santa Catarina, mas a inteligência de empresas como a Petrobrás - que exige mão-de-obra qualificada - ficará concentrada em Santos: o planejamento é que sejam criadas 1.200 vagas permanentes em dois anos e 3 mil até 2015, para engenheiros, geólogos e geofísicos, com salários acima de R$ 5 mil.
Segundo Edson Carpentieri, que lançou este ano o primeiro programa de TV local do setor imobiliário, o Jornal da Orla Imóveis, Santos se tornou um bairro nobre de São Paulo. O único com vista para o mar. A cidade, segundo ele, terá ainda de se preparar para ofertar mais serviços urbanos. Estimativas apontam para a migração de 50 mil famílias - cerca de 200 mil pessoas - em uma década. Isso aumentaria em 44% a população atual (de 450 mil habitantes).
Prédios imponentes são erguidos a todo vapor no pouco espaço que resta no território insular de Santos. Pelos bairros mais nobres vêem-se estruturas enormes, muitas delas com mais de 20 andares, que estão mudando a cara da cidade. Além de serem mais altos, estes novos edifícios contam com áreas de lazer mais amplas, refletindo algumas mudanças positivas que surgiram com o Plano Diretor de 1998. Para os empreendedores, esses diferenciais passaram a ser prioridade e um ótimo chamariz para divulgar e vender seus produtos.
Neste contexto, muitos lançamentos têm 50 a 60% das unidades vendidas na planta. Imóveis de luxo, a preços que variam de 2 a 5 milhões de reais não ficam sem compradores. Na outra ponta, locais afastados da beira mar também experimentam o “boom imobiliário”. A Zona Noroeste é um exemplo: Mais um grande empreendimento imobiliário deverá ser lançado na região ainda este ano. Os apartamentos de dois quartos (45 M2) vão custar entre R$ 90 a R$ 100 mil, e os de três quartos (60 M2) entre R$ 130 e R$ 140 mil, um evidente foco na classe “C”, que vem revolucionando o mercado brasileiro.
Fonte: Fórum Imobiliário.